quarta-feira, 14 de março de 2012

Auto-Eco

/por Wagner Hilário/

Por mais que se tente apagar
a verdade é indelével.
Se boa, soa,
canto aos ouvidos do benfeitor
Se má, agride: estridor.
Os atos são frases à beira do abismo;
nunca se perdem, ecoam,
voam e voltam
ao coração de quem as falou.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Métrica do Homem

/por Wagner Hilário/

Meu poema
em métrica alheia:
mosca na teia,
asas embotadas,
santa ceia
em que sou servido.

Minha pintura
na moldura errada:
natureza morta,
alma despida do corpo,
corpo sem o brilho
da alma.