Confiança é uma senhora
cheia de segredos.
Seus olhos azuis-marinho
são profundos,
janelas de Netuno.
Confiança tem mãe:
Compreensão.
Tem filho: Perdão.
Se não fosse por eles,
Confiança não existiria,
seria sonho, mera ilusão.
Aqui,
do alto da cidade suja,
cantam, pássaros,
o sol da manhã.
Consigo ouvi-los,
como se os visse,
porque há dias
que amanhecem infância
e nada é feio,
nem sem esperança;
é tudo feito
para refazer...
É, por assim dizer,
como um filho
que acabou de nascer.