domingo, 24 de outubro de 2010

Obra da Vida

por Wagner Hilário

Uma manhã nasce assim:
Duas mãos miúdas esticando meus lábios pelas bochechas.
Se pinta assim:
Dois olhos celestes de infância concentrados no desenho vivo
Que sou eu.
— Que tá fazendo, filho?
— Tô te sorrindo.

3 comentários:

Érico Marin disse...

Intimista e profundo... O dia começando a partir de um gesto infantil pintado com cores de ternura. O diálogo da conclusão trouxe o onírico de volta para a realidade - mas sem diminuir a beleza do momento. Muito bom.

erico.mrn@gmail.com disse...

Acho que fiz alguma besteira quando deletei meu blog e fiquei com este nome estranho... Mas sou eu, o Érico.

Wagner Hilário disse...

Valeu, meu velho... Seu comentário, sempre grande, parece ainda maior quando é pra esse poema. Eu gostei muito desse poema. Quando terminei, fiquei muito feliz, mais do que normalmente.