por Wagner Hilário
Poente púrpura
e laranja lava:
horizonte
rajado de Deus.
O céu se pinta
feito gueixa
pouco antes de se deitar.
Olhar pueril:
“O sol acendeu,
papai”.
Num dia-nuvens,
uma fresta
no pé oceânico
do firmamento
faz poesia se precipitar.
O encontro da luz
com as trevas:
fio de contrastes
sobre o qual
se deve equilibrar.
Máquina digital,
uma foto sem flash
para roubar a alma
deste instante-lugar.
2 comentários:
Caro,
A descrição/impressão ficou perfeita.
Wagner,
Essa poesia me lembrou aquela outra sua que virou letra de música. As duas muito boas!
Abrs!
Postar um comentário