/por Wagner Hilário/
A fonte é sempre bela,
Arlinda.
Quando ganha corpo:
Caudaloso rio de vida.
A fonte é forte
E se prova na foz:
Ondas vorazes
Prontas para o mar feroz.
A fonte é murmúrio pueril:
Lírio d’água,
Cabelos de criança.
A fonte é azul,
Reflete seus olhos de sacrifício
Que nos deu de presente
O céu
A fonte é eterna,
Arlinda,
Pois quem esquece as origens
Jamais existiu.
3 comentários:
Um poema bastante visual. A fonte, as cores, o céu, flores e cabelo de criança - um conjunto de elementos sugestivo. A conclusão é ótima - "quem esquece as origens/ Jamais existiu". Simples e intimista. Muito bom.
P.S. Quem é Arlinda? (sei que isso não deveria interferir na interpretação do poema, mas fiquei curioso... Me lembrou um daqueles vocativos do Manuel Bandeira...)
Arlinda é minha avó, Ericão, mãe do meu pai.
Ah, Ericão, mais uma vez, obrigado pelo comentário. É muito bom tê-lo por aqui, lendo os meus textos. Abraço saudoso.
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