por César Magalhães Borges
A inocência será
a meta final
da civilização
Setas arremessadas
a um alvo
cada vez maior:
tudo será alvo
para que se acerte
amor
sem a previsão de
lucro
lucro
que não cave
a desvalia
e distribua
a cada um
o bem
o bem-estar
sedimentado
após a saturação
do mal
bem constante
seguindo a cadência
candura
e sabor
da eternidade
as diferenças contempladas
pela beleza,
curiosidade,
inteligência,
respeito,
carinho
e generosidade:
terra sem fronteiras
E quem chamar
a tudo isso
de utopia,
será acusado
de falta de inocência
e condenado a cumprir pena
no jardim da infância
e das delícias
até ter brincado
em todos os brinquedos,
rodas
e cantigas
a humanidade adulta
perseguindo a perfeição
da inocência absoluta
círculo que se completa:
sangue que corre
pelo cordão umbilical:
rebentos da mais pura vida.
Esse poema foi extraído do livro Folhas Soltas (poesia incidental), uma edição independente de 2006 e o quarto livro de poemas de César Magalhães Borges, que também produz obras de literatura infantil e transita, com muita propriedade, no universo das crônicas, contos, roteiros para teatro e canções. Vale observar que o blog não permite dispor os versos como o autor os concebeu, mas creio que sua essência está registrada aqui.
Um comentário:
Gostaria de me corresponder com o
César M.Borges, o poeta que farpou os arames com as próprias mãos.
Muito Obrigado
josé florindo coneglian
joseflorindo@uol.com.br
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