segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Serenata

por César Magalhães Borges

Sei que o sol
que agora parte,
fez a sua parte,
repartiu-se em luz

Sei que o céu,
neste fim de tarde,
fez a sua parte,
repartiu-se azul

Peço que a noite
mire-se no dia,
inche-se de lua
e faça adormecer

Peço que os sonhos,
pela madrugada,
gestem outros sóis
e renasçam dias
vestidos de azul...

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo poema ... gostei de ver o ciclo da vida e do passar dos dias representados pela aliteração ... sons que levam ao eterno recomeço ... me fez lembrar um poema da Emily Dickinson que fala da infinita busca do homem ... o dela com uma conotação mais sombria do mundo, comparando-o a uma peça teatral em que, por mais q se busque a realidade, o fechamento das cortinas mostram não apenas o fim, mas tbm o reencontro com o "real" ... mas eu, humildemente, prefiro que "os dias renasçam azuis ..."
Kelly